Enquadramento
Nos últimos anos têm sido identificados casos esporádicos e autóctones de hepatite causados pelo vírus da hepatite E (HEV) em países industrializados (Kamar et al, 2012), como os EUA e os países da Europa, incluindo Portugal (Mesquita et al, 2013; Santos et al, 2014). Nestes países, a hepatite E é considerada uma infeção com origem zoonótica, sendo os porcos os principais reservatórios do vírus. Pensa-se que o consumo de carne de porco, de javali e de veado mal cozinhada ou crua possa ser a principal via de transmissão do vírus, e a exposição ocupacional de veterinários e trabalhadores pecuários com porcos tem sido apontada como um fator de risco (Chaussade et al, 2013). No entanto, outras vias de transmissão estão descritas (Scobie & Dalton, 2013), como a transplantação a partir de um dador de fígado infetado com o HEV (Schlosser et al, 2012) e a transfusão de produtos sanguíneos contaminados com HEV (Boxall et al, 2006; Colson et al, 2007; Matsubayashi et al, 2004; Matsubayashi et al, 2008). Dadores de sangue podem deter uma infeção silenciosa por HEV, como indicado pelos resultados positivos para RNA do HEV obtidos após o teste de plasma de dadores na Alemanha (Baylis et al, 2012) e pela elevada prevalência de anticorpos contra o HEV nos dadores de sangue em vários países da Europa, como a França (Mansuy et al, 2011), a Holanda (Slot el al, 2013) e a Alemanha (Juhl et al, 2014).
Produtos farmacêuticos com origem porcina têm sido muito recentemente sugeridos como uma potencial via alternativa não-tradicional de transmissão da infeção por HEV (Crossan et al, 2013), no entanto é necessário uma maior investigação a fim de excluir esta possibilidade e assegurar a segurança destes produtos.
Objetivos
- Estudar a seroprevalência do HEV na população Portuguesa;
- Avaliar o risco de infeção por HEV em talhantes e trabalhadores de matadouros em Portugal através da sua seroprevalência;
- Pesquisar infeções silenciosas por HEV em dadores de sangue Portugueses, com vista a promover a segurança das transfusões sanguíneas;
- Avaliar o risco de produtos farmacêuticos derivados de porcinos serem uma potencial via de transmissão do HEV.
Nos últimos anos têm sido identificados casos esporádicos e autóctones de hepatite causados pelo vírus da hepatite E (HEV) em países industrializados (Kamar et al, 2012), como os EUA e os países da Europa, incluindo Portugal (Mesquita et al, 2013; Santos et al, 2014). Nestes países, a hepatite E é considerada uma infeção com origem zoonótica, sendo os porcos os principais reservatórios do vírus. Pensa-se que o consumo de carne de porco, de javali e de veado mal cozinhada ou crua possa ser a principal via de transmissão do vírus, e a exposição ocupacional de veterinários e trabalhadores pecuários com porcos tem sido apontada como um fator de risco (Chaussade et al, 2013). No entanto, outras vias de transmissão estão descritas (Scobie & Dalton, 2013), como a transplantação a partir de um dador de fígado infetado com o HEV (Schlosser et al, 2012) e a transfusão de produtos sanguíneos contaminados com HEV (Boxall et al, 2006; Colson et al, 2007; Matsubayashi et al, 2004; Matsubayashi et al, 2008). Dadores de sangue podem deter uma infeção silenciosa por HEV, como indicado pelos resultados positivos para RNA do HEV obtidos após o teste de plasma de dadores na Alemanha (Baylis et al, 2012) e pela elevada prevalência de anticorpos contra o HEV nos dadores de sangue em vários países da Europa, como a França (Mansuy et al, 2011), a Holanda (Slot el al, 2013) e a Alemanha (Juhl et al, 2014).
Produtos farmacêuticos com origem porcina têm sido muito recentemente sugeridos como uma potencial via alternativa não-tradicional de transmissão da infeção por HEV (Crossan et al, 2013), no entanto é necessário uma maior investigação a fim de excluir esta possibilidade e assegurar a segurança destes produtos.
Objetivos
- Estudar a seroprevalência do HEV na população Portuguesa;
- Avaliar o risco de infeção por HEV em talhantes e trabalhadores de matadouros em Portugal através da sua seroprevalência;
- Pesquisar infeções silenciosas por HEV em dadores de sangue Portugueses, com vista a promover a segurança das transfusões sanguíneas;
- Avaliar o risco de produtos farmacêuticos derivados de porcinos serem uma potencial via de transmissão do HEV.